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Se hoje mesmo você precisasse viajar e só pudesse carregar consigo o essencial em uma mala, o que você levaria? Essa simples reflexão pode resumir um pouco do que se trata o minimalismo – estilo de vida que vem ganhando cada vez mais popularidade e que preza na essência por uma vida mais simples e sem excessos.
O movimento reúne pessoas que se interessam por um estilo de vida mais clean, que chegaram à conclusão que temos coisas demais e é bastante provável que não precisamos da maioria delas.
Na arquitetura minimalista, a frase de autoria do arquiteto alemão Mies van der Rohe (1886–1969) sintetiza o pensamento do grupo: “menos é mais”. Passamos a encarar o lar como refúgio e, passando mais tempo em casa, a reflexão sobre o que realmente é necessário e agrega conforto vem se destacando como nunca em detrimento a uma vida agitada e no modo “automático” que levamos no dia a dia.
Cabe destacar o papel das decorações escandinavas como uma das escolas de arquitetura e decoração que mais encamparam este estilo, pois com tantas adversidades climáticas lá fora (o frio intenso e as poucas horas de Sol são uma constante o ano todo por lá), os nórdicos da Suécia, Finlândia, Noruega e Dinamarca escolheram desfrutar o que importa da vida dentro de casa.
Um estilo de decoração minimalista busca unir estética à funcionalidade de uma forma muito mais racional. No artigo de hoje, a Faniseparou algumas dicas para você incorporar essa tendência em casa e deixar os ambientes muito mais funcionais. Confira!
Desapegue-se
Por mais óbvio que isso possa parecer no minimalismo, desprender-se e praticar o “menos é mais” é o passo mais difícil e importante para acertar neste estilo de decoração.
Você deve dar prioridade aos móveis e objetos decorativos que realmente serão ou são usados ou que de fato possuem um propósito, mesmo que isso não seja material (pode ser algo que resgate uma memória afetiva, por exemplo).
O essencial aqui é evitar o acúmulo de coisas no décor que você não precisa, não faz questão, deixou de gostar ou raramente usa. O excesso pode causar desde uma poluição visual de cores até a dificuldade de encontrar o que você precisa realmente no dia a dia.
Por exemplo, você não precisa ter uma mesa com oito cadeiras se normalmente apenas duas pessoas participam da maioria absoluta das refeições. Poderia assim ter uma mesa menor e desfrutar dessa economia em outras coisas mais importantes. É comum pensarmos nas visitas quando planejamos uma casa, mas, neste conceito, quem manda no lifestyle dos moradores são eles mesmos.
Isso não quer dizer, por outro lado, que você precisa deixar sua casa com uma sensação gélida e vazia – por mais que o minimalismo busque exaltar uma certa “beleza do vazio”, isso se dá por um equilíbrio mais racional dos elementos decorativos, e não pela necessidade pura e simples de jogar tudo fora e criar espaços em meio a casa.
O que o conceito prega não é viver com pouco, mas sim viver com o suficiente: se a sua casa é grande demais para o que você é e precisa, talvez seja melhor pensar numa casa menor – e vice-versa.
Além disso, o minimalismo é uma prática interessante de organização, muito comum no vestuário: o que não for muito utilizado pode ser doado ou vendido, portanto, é uma boa oportunidade de praticar o desapego, não é mesmo?
A paleta de cores preferida dos profissionais de arquitetura e design de interiores no estilo minimalista valoriza tons neutros e cores claras, uma vez que, além de criar uma atmosfera mais suave no ambiente, essas nuances estimulam a sensação de tranquilidade.
Em espaços pequenos, os benefícios das cores neutras como o branco, creme, cinza e bege são ainda mais perceptíveis: elas provocam o efeito visual de amplitude no cômodo, principalmente quando combinadas a uma boa iluminação natural e superfícies de tonalidade média ou clara.
Para quem busca agregar mais personalidade e sofisticação no décor, outra excelente aposta é a clássica combinação entre preto e branco. Nesse caso, explore o branco na maior parte do ambiente e o contraste do preto em peças menores e pontos de destaque do projeto.
A escolha minuciosa de cada item que irá compor a decoração do seu projeto minimalista é fundamental. Como a ideia do conceito é utilizar apenas o essencial, cada peça escolhida deve, no mínimo, cumprir sua funcionalidade sem roubar a cena.
Mesas, sofás e poltronas, por exemplo, devem entregar o melhor da praticidade e conforto. Quanto à estética, as peças com design minimalista exploram linhas retas e geométricas, ou seja, são mais afeitas ao estilo modernista e contemporâneo de design com traços limpos e a utilização de materiais como aço, madeira, couro, entre outros.
Outro aspecto importante do minimalismo é priorizar os móveis, metais, acessórios, objetos e revestimentos que sugerem longevidade, atemporais, de forma que você acabe não enjoando deles com o passar do tempo.
O que acha de passar a aplicar o conceito de “menos é mais” do minimalismo no décor e na vida? Compartilhe conosco abaixo, suas experiências de desapego na decoração:
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