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Tão importante quanto escolher uma torneira ou uma cuba é planejar as instalações hidráulicas para abastecer cada saída de água e também encaminhar os fluídos à rede de esgoto das concessionárias.
Se não for planejada por um profissional especializado, a hidráulica é uma fonte certa para uma infinidade de problemas, desde torneiras que saem pouca água até os indesejados vazamentos e entupimentos – saiba mais neste artigo.
Basicamente, podemos resumir o sistema hidráulico doméstico na conexão por tubos de PVC entre a caixa d’água no topo de uma casa ou prédio, os pontos de saída e o recolhimento dos fluídos até a rede de esgoto.
É um roteiro aparentemente simples, mas repleto de tantos detalhes que não aconselhemos aventuras do tipo faça-você-mesmo, afinal, até quem já tem prática e está habituado com este serviço pode estar cometendo algum deslize que só será notado adiante.
Isso não significa que você, se for leigo no assunto, está dispensado da tarefa de conhecer minimamente a hidráulica da sua residência, pois até para comprar uma ducha ou torneira nova você vai precisar saber alguma coisa do sistema.
Tratando-se de esgoto, é necessário que o projeto contemple tubulações separadas para a coleta da água utilizada na cozinha, na área de serviço e nos banheiros/lavabos. É comum que na rede das cozinhas, por exemplo, exista uma caixa para reter a gordura e que deve ser inspecionada regularmente.
Em banheiros e lavabos, é comum o compartilhamento da tubulação de esgoto pela água quem vem do vaso sanitário (também chamado de bacia sanitária) e dos ralos da pia e do box do chuveiro.
Por isso é tão importante ser cuidadoso na utilização de um banheiro, pois o descarte incorreto de materiais pelo vaso sanitário ou o acúmulo de fios de cabelo nos ralos pode provocar problemas que se estendem ao funcionamento de todo o ambiente.
Recomenda-se a inspeção de ligações, sifões, caixas de gordura, registros, caixas d’água e outros componentes hidráulicos a cada seis meses, a fim de identificar possíveis problemas ou realizar manutenções preventivas.
Para encaminhar água que jorra da torneira e represada pela cuba até o sifão, você vai precisar de uma válvula de escoamento. Escolher o modelo correto para sua instalação é importantíssimo.
Isso pode parecer uma obviedade, mas a realidade é que nem todo tipo de válvula vai funcionar ou é recomendada para sua cuba e/ou instalação. Chegar na loja de materiais de construção com dúvidas aumenta o risco de você comprar o modelo errado.
Existem diferentes variedades de válvulas, a começar pelo material que são fabricadas. Elas podem ser de metal ou plástico (convencional ou cromado). Ambas vão entregar o que prometem, mas as de metal demandam um investimento maior porque permitem acabamentos mais bonitos e duram mais.
Uma vez escolhido o material, você precisa definir qual é o tipo de instalação desta válvula. Elas podem ser rosqueadas ou parafusadas (também conhecida como universal), sendo que as primeiras possuem uma variedade maior de modelos.
Nas rosqueáveis você vai encontrar válvulas comuns, ocultas e americanas. A comum é bastante utilizada em banheiros atualmente pela simplicidade de fixação e de uso com fechamento por tampa. A oculta é aplicada em cubas e design mais arrojado (como as esculpidas), geralmente ficando abaixo da estrutura visível da peça. Já as americanas são mais exploradas em cozinhas porque possuem um cestinho coletor, evitando que grandes pedaços ou restos de alimentos cheguem até o sifão.
Agora que você já sabe o material e o tipo de válvula, é preciso conhecer as características da sua cuba para não errar. Verifique qual é o padrão das furações das louças e confira se batem com os dois diâmetros da peça, o do topo (que é a parte visível) e o do ‘pescoço’, a parte abaixo que se alonga até o sifão.
Outra característica que você deve ficar de olho em sua cuba ou lavatório é verificar se ela tem ladrão, aquele pequeno buraco próximo à borda da peça cuja função é prevenir o transbordo em caso de entupimentos. Cubas com ladrão exigem válvulas com ladrão e vice-versa, portanto, preste bastante atenção nisto para evitar vazamentos.
O tipo de cuba também interfere na escolha da válvula. Nas cubas de embutir, o caminho entre o fundo da cuba e o sifão é menor, resultando na escolha de válvulas mais curtas. Por outro lado, cubas de apoio exigem que a peça atravesse não só a louça, mas também a bancada para chegar ao sifão, cenário que pede uma válvula mais comprida.
Se você não quer estar preso às tradicionais tampas das válvulas (podendo inclusive perdê-las com o passar do tempo), você pode optar pela válvula click, que libera e trava com praticidade o fluxo de água apertando a parte superior da peça tal como um botão.
Além disso, a click e alguns modelos da rosqueável agregam ao fundo da cuba – geralmente neutro e sem vida – um ponto que captura o olhar das pessoas, reforçando o conjunto com outros metais e acessórios – inclusive na mesma cor/acabamento.
Dava para imaginar que uma simples válvula de escoamento pudesse ter tantas variações? Imagine então todo os componentes hidráulicos de uma casa ou apartamento! Aproveite para tirar as suas dúvidas sobre hidráulica nos comentários!
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