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Em uma rotina cada vez mais agitada, na qual a maneira de vivenciar o lar está em constante transformação, cresce a valorização entre arquitetos e designers por projetos de ambientes internos que estimulem uma maior sensação de bem-estar e qualidade de vida dentro de casa por meio da conexão com a natureza.
Esta tendência do segmento pode ser representada pelo termo ‘design biofílico’, conceito que prega a busca por soluções capazes de retomar o contato com a natureza, também, em espaços construídos.
Apesar de parecer algo simples, para aplicar o design biofílico em um projeto de interiores, não basta somente adicionar plantas no décor. Nesta proposta, é necessário ir além, estreitando a relação com a natureza de diferentes maneiras.
Graças à experiência de 36 anos transformando ambientes, separamos neste artigo do Blog da Fani tudo o que você precisa saber sobre este conceito, principalmente sobre como inseri-lo nos seus projetos para garantir mais acolhimento, além de proporcionar um melhor bem-estar físico e mental para os seus clientes. Vem com a gente!
O Design Biofílico é um produto da Teoria da Biofilia, desenvolvida pelo ecólogo americano Edward O. Wilson. O termo “Biofilia” vem das palavras gregas “bios”, que significa vida, e “philia”, sinônimo de amor ou afeição — podendo ser traduzido de maneira literal para “amor pela vida”.
Wilson defende a hipótese que os seres humanos apresentam uma necessidade inata de estar em contato com outros organismos vivos e com a natureza. Ou seja, que há uma ligação emocional hereditária, o que pode ser explicado pelo fato de, durante a maior parte da história da Terra, a humanidade tenha vivenciado em constante e íntima conexão com a natureza.
Neste sentido, o design biofílico, por meio da arquitetura, almeja incluir a natureza nos espaços construídos para atender a essa necessidade humana e, assim, desenvolver ambientes onde as pessoas possam conviver com mais saúde e bem-estar.
Qual a importância e as vantagens de aplicar o design biofílico em um projeto?
Segundo a Pesquisa Nacional de Padrões de Atividade Humana dos Estados Unidos (NHAPS), a maior parte da sociedade passa cerca de 90% de toda vida dentro de ambientes fechados, locais onde muitas vezes o contato com elementos naturais é reduzido.
Este cenário pode afetar negativamente a saúde física e mental das pessoas, uma vez que a menor exposição diária à luz solar, ventilação natural e contato com espécies de plantas influenciam diretamente o nosso estado de humor e, consequentemente, a qualidade de vida: o que justifica, portanto, a importância de se aplicar o design biofílico nos projetos, sejam eles residenciais ou corporativos.
Como inserir o design biofílico no projeto de interiores?
Para auxiliar a inclusão deste conceito em seus projetos, sugerimos a leitura do livro 14Patterns of Biophilic Design(14 Padrões do Design Biofílico, na tradução para o português), coescrito por William Browning, Catherine Ryan e Joseph Clancy.
O material sugere os principais padrões para se aplicar os princípios da biofilia na arquitetura, que são divididos em três categorias, segundo os autores. São eles: natureza no espaço, análogos naturais e natureza do espaço.
A categoria natureza no espaço representa, de acordo com a publicação, a inclusão de elementos naturais de forma direta no ambiente. Para isso, você pode adicionar diferentes espécies de plantas no ambiente, seja em vasos no chão ou suspensos, canteiros, paredes verdes e jardins.
Trata-se também da valorização da ventilação e iluminação natural no espaço, seja por meio de grandes janelas ou pela integração de cômodos, além da preocupação em criar estímulos sensoriais não-rítmicos no projeto, que passam a sensação de movimento.
Nesta categoria, os autores consideram de suma importância contar com peças de design com formato orgânico, desde grandes móveis aos acabamentos. Nas cozinhas, banheiros e lavabos, por exemplo, peças como cubas, bancadas com recorte curvilíneo, metais e acessórios com formas orgânicas podem ser ótimas opções. A Fani, por exemplo, conta com diversas linhas com essa característica de desenho. Uma delas é a novidade da marca, a Linha Elo 480, perfeita para ambientes mais acolhedores e cheios de personalidade.
Por sua vez, os análogos naturais se referem a padrões que simulam ou reproduzem elementos da natureza. Ou seja, para os autores, os materiais naturais pouco processados industrialmente, como móveis e revestimentos em madeira maciça ou pedra natural com acabamento rústico, padrões de texturas e geométricos que remetem a conceitos biomórficos, entre outros.
Por fim, o tópico natureza do espaço aborda conceitos que enfatizam os atributos naturais presentes na região do projeto. Os pesquisadores sugerem, por exemplo, priorizar vistas panorâmicas no imóvel, planejar mezaninos, claraboias ou aplicar outras técnicas para proporcionar uma melhor visualização do céu e dos espaços externos.
Como você pode concluir agora, o design biofílico é muito mais do que uma tendência ou modismo. É um estilo de vida mais conectado à natureza aplicado à arquitetura lançando mão de métodos como este do livro que trouxemos no post.Embora sejam excelentes sugestões, nunca as tome como verdades absolutas: cada projeto é único. Você deve se aprofundar nos conceitos que apresentamos e, assim, analisar e selecionar o que melhor se encaixa à realidade não só do seu estilo de trabalho, mas também em relação aos gostos e necessidades dos seus clientes! 😊
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